Cirurgia de Pulmão: Como funciona e quais os riscos?
A cirurgia de pulmão é utilizada com frequência em pacientes diagnosticados com câncer de pulmão de não pequenas células, em estágio inicial. Ela consiste na ressecção (remoção) de uma parte do pulmão ou todo órgão.
Entenda como esse procedimento funciona e quais as vantagens e riscos de se submeter a ele com a leitura desse material.
Cirurgia de pulmão: como funciona?
Para cada região afetada pelo câncer existe um procedimento específico para ser feito, são eles:
- Ressecção em cunha: Trata-se da remoção de uma pequena parte do lobo que está afetado pelo câncer.
- Segmentectomia: É removida uma parte maior do lobo em que o câncer está e inclui a ligadura das veias, artérias e brônquio específicos para o segmento.
- Lobectomia: O pulmão possui cinco lobos, e essa cirurgia é indicada para fazer a retirada de um deles. Inclui também ligadura independente das artérias, veias e brônquio específicos do lobo.
- Pneumectomia: Esse procedimento é usado para fazer a remoção total de um dos lados do pulmão.
Porém, não são todos os quadros que podem ser resolvidos com cirurgia. Pacientes com tumores em fase de metástase, por exemplo, não estão aptos à operação.
Existem três tipos de cirurgia pulmonar, a toracotomia, a cirurgia torácica videoassistida e a cirurgia torácica robótica. A escolha entre elas vai depender da localização do tumor, do tamanho e do estágio em que se encontra, a estrutura do hospital onde vai ocorrer a cirurgia e a experiência do cirurgião. O procedimento sempre será precedido por uma anestesia geral para evitar que o paciente sinta dor.
Toracotomia
Também conhecida como cirurgia aberta, a toracotomia consiste em uma incisão que vai da lateral do tórax até a curva das costelas. É utilizado um dreno torácico durante a operação para drenar o excesso de líquido ou ar que vaze.
Mesmo após a finalização do processo, o dreno ainda permanecerá por alguns dias no paciente. O uso de um espirômetro também fará parte da recuperação enquanto estiver internado.
Ele vai auxiliar com exercícios respiratórios com o propósito de evitar doenças respiratórias como a pneumonia.
Cirurgia torácica videoassistida (CTVA)
Uma cirurgia menos invasiva é feita a partir de uma a três incisões que dão acesso ao interior do tórax. Através dessas incisões o cirurgião passa uma câmera e os instrumentos cirúrgicos específicos para esse procedimento.
Essa cirurgia pode ser chamada também de toracoscopia e, assim como a cirurgia aberta, se faz necessário o uso de um dreno. Ele é retirado assim que o paciente tiver alta hospitalar.
Cirurgia Torácica robótica
Outro método de fazer a cirurgia é através de um robô. Trata-se de uma técnica minimamente invasiva que utiliza 4 incisões de 8mm. A cirurgia robótica é ainda muito precisa pois envolve a utilização de tecnologia de visualização 3D e uso de instrumentos com muita destreza.
A plataforma robótica é composta por um console e por braços robóticos. O cirurgião executa os movimentos cirúrgicos no console e estes movimentos são reproduzidos dentro do tórax do paciente pelos braços robóticos. Assim, é possível realizar, com muita segurança, procedimentos muito complexos.
Cirurgia de pulmão: conheça as vantagens e os riscos
Quando há necessidade de ser submetido a uma cirurgia é preciso estar ciente que existem alguns riscos. Mas também podemos focar nas vantagens que esse procedimento traz.
Vantagens
Ser submetido a uma cirurgia pulmonar pode trazer alguns benefícios. O principal que podemos mencionar é em relação à expectativa de vida do paciente com câncer de não pequenas células.
Em comparação com aqueles que são submetidos apenas ao tratamento, e tem uma sobrevida de 17 meses, esses pacientes ganham 48 meses de sobrevida.
Quando falamos da toracoscopia ou da cirurgia robótica as vantagens aumentam, já que se trata de um procedimento com menos invasão. Dessa forma, a recuperação é mais rápida, além de ter menos dor e possibilidade de sangramentos. O retorno para as atividades cotidianas também acontece em menor tempo que a toracotomia.
Riscos
Assim como qualquer procedimento cirúrgico, essa cirurgia pode ter complicações durante e depois. Os principais fatores implicam em idade, sexo, histórico médico e condições do câncer. Algumas complicações são desencadeadas da própria operação, como exemplos podemos citar:
- Possíveis reações à anestesia;
- Sangramento excessivo;
- Coágulos sanguíneos nas pernas ou nos pulmões;
- Infecções nas feridas das incisões;
- Pneumonia;
- Síndrome da dor pós-toracotomia.
Essas reações adversas podem estender o período de recuperação e o paciente precisa redobrar os cuidados.
Com os procedimentos minimamente invasivos os riscos não são inexistentes, mas se tornam menores do que se fosse uma toracotomia.
Busque um especialista
Agora você já conhece um pouco mais sobre as possibilidades para a cirurgia de pulmão. Contudo, quem decidirá qual o melhor caminho para a sua situação será o médico encarregado.
É sempre importante contar com especialistas que possuam experiência prévia na área em questão.
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