Segmentectomia pulmonar robótica: Benefícios
A segmentectomia pulmonar é uma cirurgia que remove uma parte específica do pulmão comprometida por doenças como câncer, infecções ou malformações. Quando realizada por via robótica, essa técnica passa a oferecer ainda mais segurança, precisão e uma recuperação mais rápida. O avanço da tecnologia na cirurgia torácica tem proporcionado excelentes resultados para pacientes que precisam preservar o máximo possível da função pulmonar.
Neste artigo, você vai entender como funciona a segmentectomia pulmonar robótica, quando ela é indicada e quais são seus principais benefícios.
Continue a leitura e veja por que essa abordagem tem se destacado entre as opções cirúrgicas.
O que é a segmentectomia pulmonar robótica?
A segmentectomia pulmonar robótica é uma cirurgia minimamente invasiva que permite
remover apenas o segmento afetado do pulmão, preservando o restante do tecido saudável. É indicada em situações em que há necessidade de tratamento preciso, com menor impacto funcional.
Quando a segmentectomia pulmonar robótica é indicada?
A indicação para segmentectomia robótica depende da análise cuidadosa de cada caso, levando em conta a
localização da lesão, o tipo de doença e a capacidade respiratória do paciente. As principais situações em que essa técnica pode ser recomendada incluem:
Câncer de pulmão em estágio inicial - Lesões pequenas, com menos de 2 cm e sem envolvimento de linfonodos, podem ser tratadas com a remoção segmentar.
Nódulos pulmonares inespecíficos - Quando há suspeita de malignidade, mas o diagnóstico ainda não é conclusivo, a segmentectomia permite retirar a lesão e obter um diagnóstico definitivo, ao mesmo tempo em que trata o possível problema.
Metástases pulmonares únicas - Pacientes com metástases restritas a um único segmento podem se beneficiar da retirada cirúrgica com margem de segurança.
Infecções pulmonares localizadas de repetição - Casos de bronquiectasias severas e persistentes em um segmento específico podem ter indicação cirúrgica para reduzir o risco de infecções recorrentes.
Malformações congênitas - Anomalias estruturais limitadas a um segmento pulmonar podem ser tratadas com a segmentectomia, reduzindo a chance de complicações futuras.
Essa abordagem é especialmente vantajosa para pessoas com reserva pulmonar comprometida, como em casos de
DPOC, quando a preservação do maior volume possível de pulmão funcional é fundamental para a qualidade de vida.
Como a cirurgia robótica é realizada?
A segmentectomia pulmonar robótica é um procedimento planejado com extremo cuidado. Antes da cirurgia, o paciente passa por uma avaliação completa para garantir a segurança e a precisão da abordagem.
Avaliação pré-operatória
Para o planejamento cirúrgico, alguns exames são indispensáveis:
- A Tomografia computadorizada (TC) de alta resolução detalha a anatomia pulmonar e permite mapear o segmento a ser removido.
- O PET-CT é indicado em casos com suspeita de malignidade, ajuda a detectar áreas com metabolismo alterado.
- O teste de função pulmonar avalia a capacidade respiratória e a viabilidade de preservar tecido pulmonar.
- A avaliação clínica e cardiológica identifica fatores de risco e define se o paciente está apto para a cirurgia.
Técnica cirúrgica
O procedimento é realizado com
anestesia geral. Pequenas incisões, de
8 mm a 1 cm, são feitas no tórax para introduzir a câmera e os braços robóticos. A partir daí, o cirurgião assume o controle por meio de um console, com visualização em 3D e ampliação do campo operatório.
Durante a cirurgia:
O segmento pulmonar afetado é cuidadosamente
identificado. As artérias, veias e brônquios segmentares são ligados e cortados
com segurança. A porção do pulmão é removida e enviada para análise. Então um dreno torácico
é colocado temporariamente para facilitar a recuperação.
Benefícios da segmentectomia pulmonar robótica
A tecnologia robótica trouxe avanços significativos na cirurgia torácica. Em comparação com abordagens tradicionais ou videotoracoscópicas, os ganhos são evidentes:
1. Precisão cirúrgica aprimorada
A câmera com imagem tridimensional permite ver estruturas com
maior nitidez. E os braços robóticos simulam os movimentos da mão humana com
mais estabilidade e amplitude. Isso se traduz em dissecções mais delicadas e preservação das estruturas saudáveis ao redor.
2. Menor trauma cirúrgico
O procedimento é feito por
incisões pequenas, sem necessidade de abrir o tórax, logo, a preservação do tecido pulmonar é otimizada. E o sangramento intraoperatório é
geralmente menor, o que reduz riscos e facilita a recuperação.
3. Recuperação mais rápida e confortável
A dor pós-operatória costuma ser
leve, exigindo menos analgésicos. Sendo que a maioria dos pacientes recebe alta em
2 a 4 dias. Enquanto o retorno às atividades cotidianas pode ocorrer em cerca de
3 a 4 semanas, dependendo da resposta individual.
4. Menor risco de complicações
- A chance de infecções hospitalares é reduzida.
- A ventilação do pulmão operado é preservada, diminuindo o risco de atelectasias e pneumonia.
- O suporte respiratório é raramente necessário por longos períodos.
Quem pode se beneficiar da segmentectomia robótica?
Essa abordagem é especialmente útil em pacientes que precisam preservar ao máximo sua capacidade pulmonar ou desejam uma recuperação mais rápida e menos invasiva.
Ela é indicada com maior frequência para:
- Pessoas com função pulmonar reduzida, como pacientes com DPOC ou histórico de tabagismo prolongado.
- Pacientes com tumores pequenos e periféricos, diagnosticados precocemente.
- Jovens com doenças pulmonares congênitas, que demandam precisão para manter a função respiratória ao longo da vida.
- Indivíduos que priorizam menor dor e retorno mais rápido às atividades.
A definição do tratamento deve sempre ser feita por um
cirurgião torácico com experiência em técnicas minimamente invasivas, considerando o quadro clínico e os exames de cada paciente.
Perguntas relacionadas
O que é segmentectomia pulmonar robótica?
É uma cirurgia minimamente invasiva realizada com auxílio de um sistema robótico, que permite remover apenas o segmento afetado do pulmão, preservando o restante do órgão com mais precisão.
Quais são os principais benefícios da segmentectomia pulmonar robótica?
Entre os principais benefícios estão: menor dor pós-operatória, recuperação mais rápida, menor trauma cirúrgico, menor tempo de internação e mais preservação do tecido pulmonar saudável.
Quem pode fazer segmentectomia pulmonar robótica?
Pacientes com câncer de pulmão em estágio inicial, nódulos indeterminados, metástases isoladas ou condições pulmonares localizadas podem ser indicados para essa técnica, dependendo da avaliação médica.
A segmentectomia robótica é indicada para câncer de pulmão?
Sim, principalmente para tumores pequenos (≤ 2 cm) e localizados em segmentos periféricos, quando a preservação da função pulmonar é uma prioridade.
Quanto tempo leva para se recuperar de uma segmentectomia robótica?
A maioria dos pacientes retorna às atividades cotidianas em 3 a 4 semanas, com tempo médio de internação de 2 a 4 dias e menos necessidade de medicamentos para dor.
A cirurgia robótica é segura?
Sim. Quando realizada por equipes experientes, a segmentectomia robótica apresenta baixo índice de complicações e excelente taxa de recuperação pós-operatória.
O robô realiza a cirurgia sozinho?
Não. O robô é 100% controlado por um cirurgião torácico experiente, que opera os braços robóticos por meio de um console com visão tridimensional.
É necessário abrir o tórax na segmentectomia robótica?
Não. A técnica é feita por pequenas incisões no tórax, sem necessidade de esternotomia, o que reduz o trauma e melhora a cicatrização.
A segmentectomia pulmonar robótica preserva mais a função respiratória do que outras técnicas?
Sim. Por remover apenas o segmento afetado e preservar o restante do pulmão com alta precisão, a cirurgia robótica ajuda a manter maior capacidade respiratória, o que é essencial para pacientes com função pulmonar limitada.
Pacientes com histórico de cirurgias torácicas anteriores podem se beneficiar da técnica robótica?
Em muitos casos, sim. A tecnologia robótica pode facilitar a dissecção em áreas com aderências, oferecendo uma alternativa menos agressiva mesmo em situações mais complexas.
A segmentectomia robótica permite a coleta de linfonodos para avaliação oncológica?
Sim. A cirurgia robótica permite uma linfadenectomia precisa e eficaz, essencial para o estadiamento e planejamento do tratamento oncológico.
Existe diferença no tempo de permanência do dreno torácico em comparação com outras técnicas?
Geralmente sim. Com menos sangramento e menor trauma, o tempo de uso do dreno torácico tende a ser mais curto, o que acelera a alta hospitalar.
A segmentectomia robótica pode ser indicada em pacientes com múltiplos nódulos pulmonares?
Sim. Quando os nódulos estão localizados em segmentos distintos e a função pulmonar precisa ser preservada, a abordagem segmentar robótica pode ser vantajosa.
Como saber se a segmentectomia robótica é a melhor opção para meu caso?
A melhor forma de saber é por meio de uma avaliação com cirurgião torácico especializado, que considerará exames de imagem, função pulmonar e seu quadro clínico.
Cirurgião torácico em São Paulo | Prof. Dr. Ricardo Terra
A segmentectomia pulmonar robótica representa um avanço importante na cirurgia torácica, unindo tecnologia de ponta, menor agressividade cirúrgica e excelentes resultados pós-operatórios. Para pacientes com lesões pulmonares localizadas, principalmente em estágio inicial, essa abordagem oferece uma
alternativa segura, eficaz e com menor impacto na qualidade de vida.
Se você ou alguém próximo receber indicação cirúrgica para tratar um nódulo pulmonar, vale
conversar com um cirurgião especializado em técnicas minimamente invasivas. A cirurgia robótica pode ser o caminho mais preciso e seguro.
O
Dr. Ricardo Terra, renomado especialista em cirurgia torácica e
membro ativo de importantes sociedades de Cirurgia Torácica e Câncer de Pulmão, oferece uma experiência valiosa e conhecimento aprofundado no manejo de condições pulmonares. Com uma formação robusta, incluindo mestrado na Universidade Harvard e doutorado na FMUSP, além de ser Chefe da Equipe de Cirurgia Torácica do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP).
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