Tumores de Mediastino

Tumores de Mediastino

O mediastino é uma área do tórax cercada pelo osso esterno à frente, a coluna vertebral atrás e os pulmões de cada lado. 


Neste espaço localizam-se várias estruturas anatômicas importantes — como o coração, aorta, partes torácicas da traqueia, do esôfago, o timo, o sistema linfático (gânglios linfáticos) e nervos (parte do sistema nervoso autônomo). 


Portanto, devido à sua localização, os tumores do mediastino quando não tratados podem causar agravamentos, mesmo que não sejam malignos (cancerosos). 


Essas adversidades podem incluir uma disseminação para estruturas como:

  • Coração;
  • Pericárdio;
  • Grandes vasos (como a aorta e veia cava);
  • Além disso, os tumores localizados no mediastino posterior (ou seja, nas costas) ainda podem causar compressão da medula espinhal.


Os tumores de mediastino são muito variados, pois se apresentam de acordo com as células de origem. A sua localização também varia de acordo com a idade do paciente.


Nesse sentido, em adultos com a idade maior que 50 anos, a maioria dos tumores ocorre no mediastino anterior e, geralmente, são timomas, neoplasias malignas do timo. 


Em pacientes mais jovens, linfomas e tumores germinativos surgem como possibilidades frequentes no mediastino anterior e cistos no mediastino médio.  Já em crianças e adultos jovens, é comum encontrar tumores no mediastino posterior. Esses tumores geralmente começam nos nervos e, em sua maioria, não são malignos.

Sintomas

Na maioria dos casos, os pacientes com tumores de mediastino não apresentam sintomas iniciais significativos. Com isso, só é possível realizar a descoberta e verificar o crescimento de tumor do mediastino por meio de exames de imagem, como a radiografia ou tomografia de tórax, muitas vezes feita por outros motivos. 


Quando os sintomas aparecem, geralmente, são resultados da pressão exercida pelos tumores sobre as estruturas vizinhas e, com isso, podem incluir:

  • Tosse;
  • Falta de ar;
  • Dor no peito;
  • Respiração ofegante;
  • Rouquidão;
  • Febre;
  • Arrepios e/ou calafrios;
  • Suor noturno;
  • Tosse com sangue;
  • Perda de peso inexplicável;
  • Linfadenopatia (gânglios linfáticos inchados ou sensíveis);
  • Estridor (respiração aguda e barulhenta, o que pode significar um bloqueio).


É de suma importância observar os sintomas para a descoberta inicial do tumor. Se eles persistirem por duas semanas ou mais, entre em contato imediato com o seu médico.


Para diagnosticar com precisão e avaliar um tumor mediastinal, podem ser realizados exames como:

  • Tomografia computadorizada;
  • Exames de sangue;
  • Ultrassom;
  • Biópsia;
  • Raio-x da região do tórax;
  • Imagem de ressonância magnética;
  • Endoscopia Respiratória ou Digestiva.


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Tratamentos

Para realizar o tratamento correto, é necessário diagnosticar a causa e a localização com precisão. No caso de lesões benignas, por exemplo, é possível apenas observar periodicamente.  Já em casos de tumores malignos, deve-se realizar uma cirurgia para a retirada ou efetuar tratamentos com radioterapia e/ou quimioterapia.

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Principais Dúvidas


  • É possível fazer cirurgia para tumores de mediastino sem precisar abrir o tórax?

    Sim. Atualmente, a maioria das cirurgias para tumores mediastinais que realizamos são por cirurgia robótica, ou seja, acessa-se o tórax por meio de 3 a 4 incisões de cerca de 1 cm.  É possível também realizar os procedimentos por vídeo quando o robô não está disponível. Reservamos as grandes incisões apenas para tumores muito grandes e invasivos que necessitem manipulação do coração ou dos grandes vasos.


  • É obrigatório que seja feita biópsia em todos os tumores do mediastino?

    Não. Alguns tumores do mediastino anterior e do mediastino posterior, bem como os cistos mediastinais têm aspecto radiológico muito característico que, na maioria das vezes, dispensam a etapa da biópsia e devem ser operados diretamente. 


    Por outro lado, casos duvidosos e lesões invasivas devem ser biopsiadas para uma melhor decisão terapêutica.


  • Para remover o meu tumor de mediastino será necessário retirar o timo, isso me trará alguma consequência?

    Não. O timo é um órgão linfático que é relevante nos primeiros anos de vida e depois involui, ficando apenas alguns resquícios sem função. Deve ser retirado quando operamos um timoma em especial se o tumor for acompanhado de miastenia gravis (doença que enfraquece os músculos). Sua remoção não traz nenhuma consequência fisiológica.


Sobre o Médico

Dr. Ricardo Terra


O Dr. Ricardo Terra é formado em medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Fez residência em Cirurgia Geral e em Cirurgia Torácica no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC-FMUSP). Completou mestrado pela Harvard University e doutorado e livre-docência pela Faculdade de Medicina da USP.


O atendimento humanizado, o respeito à individualidade de cada paciente e a empatia estão entre os pilares de atuação do Dr. Ricardo dentro da medicina oncológica.

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