Cirurgia redutora do volume pulmonar

A cirurgia redutora do volume pulmonar (CRVP) é uma opção terapêutica indicada para pacientes com enfisema pulmonar grave, principalmente na forma associada à doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). O objetivo da cirurgia é remover as áreas mais destruídas do pulmão, que já não contribuem de forma eficaz para a respiração e ainda comprometem o funcionamento das regiões saudáveis.


Ao retirar essas áreas comprometidas, o espaço na cavidade torácica é redistribuído, melhorando a mecânica respiratória, o desempenho do diafragma e a oxigenação, o que pode levar a uma melhora importante na qualidade de vida e na capacidade funcional do paciente.

Indicações da cirurgia

A CRVP é indicada em casos bem selecionados, geralmente quando:

  • O paciente tem enfisema pulmonar grave, principalmente com predomínio nos lobos superiores
  • Há limitação importante nas atividades diárias, mesmo com tratamento clínico otimizado
  • O paciente apresenta boa aderência ao tratamento e reabilitação pulmonar
  • Exames de imagem e função pulmonar mostram padrão favorável à cirurgia

A decisão pela cirurgia é feita com base em avaliação multidisciplinar criteriosa, que inclui exames de tomografia, espirometria, testes de exercício e reabilitação pré-operatória.

Como é realizado o procedimento

A cirurgia redutora do volume pulmonar pode ser realizada por técnicas minimamente invasivas, como a videotoracoscopia (VATS) e Cirurgia Robótica. A escolha depende das características do caso e decisão entre cirurgião e paciente.

Durante o procedimento, são ressecadas as porções mais hiperinsufladas e não funcionantes do pulmão. Isso permite:

  • Redução do aprisionamento aéreo
  • Melhora da elasticidade pulmonar
  • Reposicionamento do diafragma e das estruturas torácicas


Geralmente, a cirurgia é realizada em um dos pulmões por vez, e o tempo de internação e recuperação depende da resposta clínica de cada paciente e da técnica utilizada na cirurgia.

Benefícios e Resultados

Em pacientes bem selecionados e com seguimento adequado, a CRVP pode proporcionar:

  • Melhora da dispneia (falta de ar)
  • Aumento da tolerância ao exercício
  • Redução da necessidade de oxigênio suplementar
  • Maior independência nas atividades cotidianas
  • Melhora da qualidade de vida

Os resultados são potencializados quando há reabilitação pulmonar antes e depois da cirurgia, além de cessação do tabagismo e controle de comorbidades.

Prof. Dr. Ricardo Terra

Referência em Cirurgia redutora do volume pulmonar em São Paulo


Dr. Ricardo Terra é especialista em cirurgia torácica, com reconhecimento nacional e internacional por sua atuação técnica, acadêmica e humanizada. Formado em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), concluiu residência em Cirurgia Geral e Cirurgia Torácica no Hospital das Clínicas da mesma instituição, além de mestrado na Universidade Harvard e doutorado e livre-docência na USP.


Com sólida formação e atuação em centros de referência, Dr. Ricardo se destaca especialmente pela liderança no desenvolvimento e aplicação da cirurgia robótica torácica no Brasil. Recebeu certificação oficial como cirurgião de console nos Estados Unidos, e desde então vem contribuindo para a evolução da abordagem minimamente invasiva no tratamento de doenças do tórax, como a câncer de pulmão, mediastino e pleura, com foco em segurança, precisão e recuperação mais rápida para os pacientes.


Atua nos principais hospitais de São Paulo e mantém como pilares de sua prática clínica o conhecimento atualizado, a incorporação tecnológica e o cuidado centrado no paciente.

Saiba mais

Principais Dúvidas


  • A cirurgia redutora do volume pulmonar é uma cura para o enfisema?

    Não. A cirurgia não cura a doença, mas pode melhorar significativamente os sintomas, a capacidade respiratória e a qualidade de vida em casos selecionados.

  • Qual a diferença entre essa cirurgia e o transplante de pulmão?

    A CRVP é menos agressiva e pode ser uma alternativa ao transplante em pacientes que ainda apresentam função pulmonar residual adequada. Em casos muito avançados, o transplante pode ser a única opção.

  • Quais os riscos da cirurgia?

    Como todo procedimento cirúrgico, a CRVP envolve riscos, como vazamento aéreo, infecções e complicações respiratórias. A seleção adequada dos pacientes e a experiência da equipe cirúrgica ajudam a minimizar esses riscos.

  • O paciente precisa fazer fisioterapia depois da cirurgia?

    Sim. A reabilitação pulmonar no pré e pós-operatório é fundamental para otimizar os resultados da cirurgia e ajudar na recuperação funcional.