Lobectomia pulmonar robótica: saiba mais sobre esse procedimento
O câncer de pulmão apresenta a possibilidade de cura, especialmente quando a condição é descoberta em seu estágio inicial.
Se o tumor se apresentar em sua fase inicial e se concentrar apenas no pulmão, o tratamento usual costuma ser a cirurgia para retirada. Por isso, entender sua condição e os melhores métodos de tratamento é fundamental.
Dentre os métodos minimamente invasivos para o tratamento de câncer de pulmão, podemos apontar a lobectomia pulmonar robótica.
Continue a leitura desse artigo e entenda o que é esse método, quando é indicado, como seu procedimento funciona e como ocorre a recuperação.
Lobectomia pulmonar robótica: o que é?
Há uma subdivisão em nossos pulmões, chamada de lobos, são três do lado direito e dois do lado esquerdo. Eles possuem artérias, veias e brônquios independentes
A lobectomia pulmonar é um procedimento cirúrgico que faz a remoção de um dos lobos pulmonares.
A técnica robótica envolve a utilização de uma plataforma composta por braços mecânicos e um console. O cirurgião executa os movimentos cirúrgicos no console e tais movimentos são reproduzidos pelos braços robóticos dentro do tórax do paciente.
Desta maneira, é possível realizar de forma muito precisa procedimentos complexos de forma minimamente invasiva, visto que são realizadas apenas 4 incisões de 8mm para o acesso dos instrumentos.
Como é o procedimento?
Por meio da cirurgia robótica é possível realizar o procedimento de lobectomia pulmonar de forma minimamente invasiva. A lobectomia feita da forma tradicional chama-se toracotomia (cirurgia aberta).
O procedimento robótico parte de pequenos cortes feitos para a incisão dos equipamentos. Dessa forma, é capaz de minimizar as dores do pós-operatório, o tempo de internação e as possíveis complicações.
A utilização de instrumentos multiarticulados e que permitem uma visão 3D garantem um procedimento mais preciso e seguro. É um grande avanço se pensarmos em relação a videotoracoscopia, que também é um método de cirurgia minimamente invasiva.
Ainda que não existam estudos definitivos, a literatura científica sugere que a cirurgia robótica tem benefícios. Ela garante também uma maior precisão e reduz a possibilidade de tremores que um cirurgião poderia ter.
Uma cirurgia robótica pode durar em média de 1 a 3 horas. O paciente é encaminhado para o quarto após os efeitos anestésicos diminuírem. Porém, em alguns casos, talvez seja necessário passar pelo menos uma noite na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Alguns fatores que determinam a indicação de UTI são:
- Complexidade da cirurgia;
- Idade do paciente;
- Doenças de base.
Lobectomia pulmonar robótica: quando é indicada?
O método é utilizado principalmente em tratamentos relacionados com câncer de pulmão de células não pequenas em estágio inicial e médio. Ao remover o lobo em sua totalidade é possível garantir a redução de chances de uma reincidência.
Ela ainda permite uma ressecção completa em que os tecidos linfáticos e os brônquios são ressecados conjuntamente. A lobectomia pulmonar pode ser indicada para outras condições pulmonares, como:
- Bronquiectasia;
- Metástases pulmonares;
- Malformações congênitas do pulmão;
- Outras situações raras.
Cânceres em estágio mais avançado não podem ser tratados com a cirurgia robótica. Nesses casos é necessário radioterapia e quimioterapia.
Lobectomia pulmonar robótica: como é a recuperação?
A lobectomia pulmonar oferece um pós-operatório mais rápido. Ao finalizar o procedimento, o paciente deverá ficar com o dreno em seu tórax. Este é retirado em até quatro dias, contudo pode ocorrer casos em que necessite de mais tempo, mas estes correspondem a apenas 10% dos procedimentos.
Após a retirada do dreno, se o paciente não apresentar nenhum quadro de dor ou outra complicação, é possível receber alta hospitalar. O retorno para suas atividades deve ocorrer a partir de 15 dias ou mais, existem diversos fatores que influenciam nesse tempo de recuperação.
Há complicações ou contraindicações?
Mesmo se tratando de uma cirurgia segura, ainda é possível que haja algumas complicações. As mais frequentes incluem pneumonia, drenagem prolongada, quadros de maior dor, arritmia cardíaca, quadros de fadiga e falta de ar.
É necessário que o médico especialista avalie criteriosamente o paciente candidato a uma lobectomia pulmonar. Questões envolvendo a função pulmonar e os riscos cardiovasculares devem ser considerados.
Procure sempre um especialista
Apesar de o método minimamente invasivo ser mais interessante, é preciso que uma avaliação seja feita. Só dessa forma você saberá se é a técnica indicada para seu caso ou não.
O médico vai levar em conta diversos fatores para então definir se a lobectomia pulmonar robótica é assertiva para sua condição.
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