O que é segmentectomia pulmonar?

Ricardo Terra • 24 de novembro de 2025

A segmentectomia pulmonar é uma intervenção cirúrgica que visa remover segmentos específicos do pulmão comprometidos por doenças, preservando o máximo possível de tecido pulmonar saudável. Essa abordagem é especialmente relevante em casos de tumores pequenos ou condições localizadas que não exigem a remoção de um lobo inteiro.


Neste artigo, exploraremos o que é a segmentectomia pulmonar, então
continue a leitura para entender mais.


Anatomia pulmonar e segmentação


Para entender a segmentectomia pulmonar, é importante conhecer a organização dos pulmões. O
pulmão direito tem três lobos (superior, médio e inferior) e o esquerdo, dois (superior e inferior). Cada lobo é formado por segmentos broncopulmonares — áreas bem delimitadas, com suas próprias vias aéreas e vasos sanguíneos. A segmentectomia consiste na retirada de um ou mais desses segmentos específicos, preservando o restante do lobo e, com isso, mais função pulmonar.


Leia também:

Segmentectomia pulmonar: Entenda as indicações e como é feita a cirurgia


Principais técnicas cirúrgicas utilizadas na segmentectomia pulmonar


A segmentectomia pode ser realizada por diferentes técnicas, escolhidas de acordo com o caso clínico e a experiência da equipe cirúrgica:


Toracotomia


É a abordagem mais tradicional. A cirurgia é feita por meio de uma
incisão ampla no tórax, que permite acesso direto ao pulmão. Apesar de ser eficaz, costuma estar associada a mais dor no pós-operatório e a um tempo de recuperação mais longo.


Videotoracoscopia (VATS)


Técnica minimamente invasiva
em que a cirurgia é realizada por pequenas incisões. Uma câmera e instrumentos delicados são usados para guiar a remoção do segmento pulmonar. Essa abordagem resulta em menos dor e recuperação mais rápida.


Cirurgia robótica


É uma evolução da videotoracoscopia. A diferença é que o cirurgião opera por meio de um console que
controla braços robóticos com alta precisão. A câmera oferece visão tridimensional do tórax e os instrumentos têm amplitude de movimento superior à da mão humana, o que permite uma dissecção mais delicada e segura.


Benefícios da segmentectomia pulmonar


A segmentectomia tem se mostrado uma excelente alternativa para tratar lesões pulmonares localizadas, especialmente em pacientes que precisam preservar o máximo possível da função pulmonar. Os principais benefícios incluem:


  • Ao remover apenas o segmento afetado, é possível manter boa parte do pulmão intacto, o que faz diferença para quem já tem alguma limitação respiratória.
  • As técnicas minimamente invasivas reduzem o trauma cirúrgico, a dor no pós-operatório e o risco de complicações.
  • Muitos pacientes recebem alta em poucos dias e conseguem retomar as atividades com menos limitações.
  • Para pacientes de maior risco cirúrgico, essa pode ser uma opção mais segura, com menor sobrecarga ao organismo.


Para quem a segmentectomia não é indicada


Embora seja uma técnica segura e eficaz, a segmentectomia pulmonar
não é recomendada em todos os casos. Algumas situações podem exigir ressecções maiores, como a lobectomia, especialmente quando:


  • O tumor é maior que 2 cm e tem características invasivas.
  • Há comprometimento dos linfonodos.
  • A lesão atinge mais de um segmento pulmonar ou está localizada em área de difícil delimitação.
  • O objetivo é garantir maior margem de segurança oncológica.


Cada caso deve ser
avaliado individualmente, levando em conta os exames, a localização da lesão e o perfil clínico do paciente.


Perguntas relacionadas


  • O que é segmentectomia pulmonar?

    É uma cirurgia para remover um ou mais segmentos do pulmão, preservando o restante do lobo pulmonar. Cada segmento funciona como uma unidade independente, o que permite uma remoção precisa da área doente.

  • Para que serve a segmentectomia pulmonar?

    Serve para tratar lesões pulmonares localizadas, como tumores pequenos, nódulos suspeitos, infecções recorrentes ou malformações, com o objetivo de preservar o máximo possível da função pulmonar.


  • A segmentectomia é indicada para câncer de pulmão?

    Sim, especialmente em tumores pequenos (até 2 cm), sem invasão de linfonodos, ou em pacientes com função pulmonar limitada que não tolerariam cirurgias mais extensas.


  • Quanto tempo dura a cirurgia de segmentectomia pulmonar?

    A duração varia entre 2 e 4 horas, dependendo da técnica utilizada, da localização do segmento e das condições clínicas do paciente.


  • A segmentectomia pode ser curativa em casos de câncer?

    Sim, principalmente em tumores pequenos e bem localizados, desde que não haja comprometimento dos linfonodos. O objetivo é remover toda a lesão com margem segura.


  • O que acontece com o espaço deixado pelo segmento removido?

    Com o tempo, o espaço é reabsorvido e o pulmão restante se ajusta. A cavidade torácica não permanece “vazia” e não afeta a respiração de forma significativa.


  • A segmentectomia pode ser indicada apenas para diagnóstico?

    Sim. Em casos de nódulos indeterminados, a segmentectomia permite remover a lesão com margem de segurança e encaminhá-la para análise anatomopatológica.


  • Quem pode realizar uma segmentectomia pulmonar?

    A cirurgia deve ser indicada e executada por um cirurgião torácico experiente, após avaliação clínica e exames que confirmem a indicação do procedimento.


Cirurgião torácico em São Paulo | Prof. Dr. Ricardo Terra


A segmentectomia pulmonar é uma opção cirúrgica valiosa que permite a remoção de áreas pulmonares comprometidas de forma precisa,
preservando o tecido saudável e favorecendo uma recuperação mais rápida.


Converse com um cirurgião torácico experiente para entender mais sobre a técnica e indicação.
O acompanhamento especializado faz toda a diferença na tomada de decisão e nos resultados a longo prazo.


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O
Dr. Ricardo Terra, renomado especialista em cirurgia torácica e membro ativo de importantes sociedades de Cirurgia Torácica e Câncer de Pulmão, oferece uma experiência valiosa e conhecimento aprofundado no manejo de condições pulmonares. Com uma formação robusta, incluindo mestrado na Universidade Harvard e doutorado na FMUSP, além de ser Chefe da Equipe de Cirurgia Torácica do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP).


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