Derrame Pleural

Derrame Pleural

A pleura é uma membrana que reveste o lado interno da parede torácica (pleura parietal) e o externo do pulmão (pleura visceral). Entre essas duas membranas, delicadas e finas, existe um espaço virtual preenchido por uma camada ainda mais fina de líquido – e é neste espaço que o derrame pleural se acumula. Este espaço e o líquido que o preenche, facilitam a movimentação espontânea dos pulmões no interior da caixa torácica sempre que eles completam sua função natural de encher e esvaziar de ar.

O que é Derrame Pleural?

O derrame pleural acontece quando há acúmulo de líquido anormal e excessivo no espaço entre as membranas. A depender de sua composição química, o derrame pleural pode ser classificado de duas formas: 



1. Rico em proteínas ou exsudato. Nesse tipo de derrame, causado pelo aumento da permeabilidade dos vasos decorrente de algum processo inflamatório envolvendo a pleura;

2. Aquoso ou transudato. Já esse derrame tende a ser transparente e líquido, sem lesão no espaço e nem mesmo sinais de presença de células inflamatórias. 


O conteúdo do líquido encontrado no interior desse espaço entre as membranas também pode variar conforme as causas de seu acúmulo.


Ele pode ser causado por presença de líquido linfático, de sangue (geralmente resultado de lesões na caixa torácica), pus (após infecções que se alastram) e até mesmo urina (esse último menos comum, quando há dreno nos rins e houver ocorrência de obstrução). 



Causas do Derrame Pleural

O derrame pleural pode estar relacionado ao aumento da produção do líquido pleural, obstrução dos canais que escoam o líquido do espaço pleural, alterações na pressão osmótica observada em situações de baixa proteína no sangue ou alterações na pressão hidrostática como aumento de pressão nos vasos sanguíneos.


As causas mais comuns de derrame pleural são tumores, tuberculose, pneumonia, artrites, lúpus, pancreatite, sangramentos em geral, assim como doenças hepáticas, renais ou cardíacas e o derrame ocorre em decorrência de um ou mais mecanismos descritos no parágrafo anterior. 


A primeira forma de identificação da causa do derrame é pela cor do líquido encontrado em excesso no espaço pleural. 



Quando há coloração de sangue ou pus, há maior chance de tumores, infecções nos pulmões ou inflamações; enquanto um líquido mais claro e aquoso geralmente tem relação com condições externas ao órgão, como cirrose ou insuficiência cardíaca.

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Sintomas do Derrame Pleural

Dentre os mais comuns, podemos citar: falta de ar (mesmo sem esforço físico) e desconforto respiratório. Tosse e dor à inspiração profunda também são sintomas frequentes.



O derrame também pode estar associado a outras enfermidades. Dores em geral, febre, perda de peso e fadiga são exemplos para avaliar. 

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Tratamentos para Derrame Pleural

Quando há manifestação de sintomas, o tratamento tende a ser realizado por punção. Um fino cateter é inserido entre as costelas, com auxílio de sedação, e o excesso de líquido é aspirado. O uso de um dreno torácico pode auxiliar em alguns casos.


Para que os sintomas de dor sejam minimizados e a amplitude da respiração recuperada, exercícios de fisioterapia respiratória também podem fazer parte do tratamento. 


A análise do líquido aspirado pode levar ao diagnóstico da causa do derrame e direcionar o tratamento específico, como por exemplo tratamento de infecções ou insuficiência cardíaca. Em casos onde o diagnóstico permanece incerto após a análise do líquido, pode ser necessária a realização de uma biópsia cirúrgica, habitualmente realizada através de uma pequena incisão no tórax com auxílio de uma câmera.


No caso de derrame pleural secundário a infecções, uma cirurgia por vídeo pode ser necessária para esvaziamento completo e drenagem adequada do líquido, o que acelera muito a recuperação do paciente.


No caso de derrame pleural secundário a tumores, o tratamento principal é direcionado ao câncer primário, na maioria das vezes câncer de pulmão ou de mama. Contudo, quando o derrame causa sintomas e se reacumula após punção, pode ser necessária alguma conduta para evitar procedimentos repetidos. Uma alternativa é a drenagem prolongada com um dreno específico, que permite o esvaziamento intermitente do tórax pelo próprio paciente em casa. A outra alternativa é a pleurodese, procedimento no qual implantamos talco estéril na cavidade pleural, provocando uma reação inflamatória local e aderência entre as duas superfícies pleurais evitando, assim, reacúmulo do líquido.

Sobre o Médico

Dr. Ricardo Terra


O Dr. Ricardo Terra é formado em medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Fez residência em Cirurgia Geral e em Cirurgia Torácica no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC-FMUSP). Completou mestrado pela Harvard University e doutorado e livre-docência pela Faculdade de Medicina da USP.


O atendimento humanizado, o respeito à individualidade de cada paciente e a empatia estão entre os pilares de atuação do Dr. Ricardo dentro da medicina oncológica.

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